Arquivo do blog

sexta-feira, 8 de abril de 2016

DUAS RAZÕES PARA ESPERANÇAR




  • DUAS RAZÕES PARA ESPERANÇAR
  • Tenho insistido ultimamente em usar um verbo não muito comum no nosso dia a dia: esperançar. E hoje na minha caminhada observando a beleza do Rio Tocantins, o silêncio de suas águas e o barulho das balsas, parei e me indaguei: que razão eu poderia ter para continuar meu movimento de esperançar?
         De imediato pensei na .  Contudo, a fé tem sido uma palavra tão banalizada que eu pensei: preciso refletir sobre a fé. E quando falamos de fé vem à mente o texto de Hebreus 11
    Hebreus: 11. 1. Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem. – (Bíblia JFA Offline)
    Ora, se a fé é o fundamento de coisas que não se veem e se esperam, logo nos damos conta que fé está no terreno da imaterialidade, de uma percepção transcendental que remete ao plano da subjetividade, pois se não veem, não se apalpam, não se vê a olho nu, mas se espera.  Esperar é uma decisão do sujeito que se espera é porque há alguma expectativa, alguma razão que o motive a esperar. Contudo, quem espera não tem certeza absoluta, acredita, crê que algo está por vir ou acontecer. Isso é mais uma forma de percebermos como a fé está num plano subjetivo, muito mais de decisão de confiar do que de certeza empírica com base material.  A fé, pois nos insere num conjunto de certezas incertas, ou seja, decisões de confiar e acreditar em algo que não está visível aos olhos. Assim, coisas que os olhos não veem são mais coerentes com fide (fé do latim que significa confiar). Fé, portanto, pode ser compreendida como uma decisão subjetiva no terreno da espiritualidade de cada um. A fé, ou seja, a decisão de confiar é uma razão para esperançar, para animar-se a ter esperança que algo melhor (ou pior) pode acontecer.
        Contudo, minha inquietação sobre as razões para esperançar não se deram por satisfeitas com a fé.  Pois se a fé alimentar a esperança, quem alimentaria a fé? Ora, se decidimos confiar, tem de haver algum argumento que justifique tal confiança, tal fé.  E isso num plano imaterial porque  a fé não se refere a algo que se ver,  mas às coisas que não se veem, de acordo com a carta aos hebreus.
    Então, recorrendo à minha subjetividade, encontrei uma resposta que possa  pelo menos para mim,  pessoalmente,  justificar a minha fé e, por sua vez,  o meu movimento de esperançar. Segundo o apóstolo Paulo na primeira carta que escreveu aos Coríntios, há três coisas importantes: a fé, a esperança e o amor e maior destes é o amor. Logo, esses três elementos i materiais se inter-relacionam.
    O segundo elemento que justifica o movimento de esperançar é o amor, pois apenas percebendo se, acreditando-se amado, posso sustentar a confiança de que dias melhores virão, de que não estarei sozinho na tempestade e não serei abandonado. Essa fé, ou melhor, dizendo, essa decisão de acreditar que sou amado ao menos por Deus e por alguns outros seres viventes, é combustível para alimentar o movimento de esperançar. 
    Por fim, por que tenho FÉ no AMOR de Deus, eu continuarei tentando conjugar enquanto vida tiver o verbo ESPERANÇAR.

Nenhum comentário:

Postar um comentário